Os testes automatizados de segurança são uma parte essencial do desenvolvimento de softwares. Projetados para identificar vulnerabilidades e pontos fracos em aplicações, eles envolvem a execução de vários cenários para simular possíveis ataques e explorar diferentes vetores de ameaças. Neste artigo, você verá:
- – quais são os principais tipos de testes automatizados de segurança;
- – como implementá-los.
Quais são os principais tipos de testes automatizados de segurança?
Para começar, vamos explicar sobre alguns dos testes automatizados de segurança mais comuns e suas características:
Testes de Injeção
Esse tipo de teste é utilizado para identificar vulnerabilidades de injeção de código, como SQL Injection e Cross-Site Scripting (XSS). Esse tipo de ataque consiste em injetar dados maliciosos em campos de entrada para tentar explorar falhas na filtragem de dados.
Testes de Autenticação
Esses testes avaliam a eficácia dos mecanismos de autenticação e procuram por possíveis brechas que possam permitir acessos indevidos a recursos restritos. Pode-se, por exemplo, utilizar diferentes combinações de credenciais (usuário/senha) para verificar se os mecanismos de segurança são robustos o suficiente.
Testes de Criptografia
Esses testes verificam se os dados criptografados estão devidamente protegidos durante o armazenamento e a transmissão. Uma das possibilidades é avaliar se as senhas são armazenadas com técnicas adequadas de salting (adição de dados aleatórios às senhas) e hashing (transformação de dados em um valor alfanumérico fixo).
Testes de Vulnerabilidades Conhecidas
Esses testes usam uma base de dados de vulnerabilidades já conhecidas para avaliar se a aplicação é suscetível a elas. Esse processo envolve a execução de scanners automatizados e ferramentas especializadas.
Como implementar testes automatizados de segurança?
A implementação bem sucedida dos testes automatizados exige um bom planejamento. A seguir, veja um breve passo a passo para colocá-la em prática:
1. Identifique os requisitos de segurança
Verifique se existem leis, regulamentações ou padrões específicos sobre requisitos de segurança para o seu setor. A depender do ramo de atividade, podem ser aplicáveis regulamentações como:
- – Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD);
- – Padrão de Segurança de Dados do Setor de Cartões de Pagamento (PCI-DSS);
- – ISO 27001 (padrão internacional de gestão de segurança da informação).
Consulte os principais interessados na aplicação, como usuários finais, proprietários de negócios, especialistas em segurança e equipes de desenvolvimento. Os insights deles são fundamentais no levantamento desses requisitos.
2. Realize uma análise de risco
A análise de risco é um processo importante para priorizar as ações que devem ser implementadas imediatamente e quais podem ser abordadas em um prazo mais longo. Para isso, é necessário;
- – listar os ativos críticos da organização, como dados, sistemas, infraestrutura, equipamentos, pessoas e informações confidenciais;
- – identificar possíveis ameaças internas (como erros humanos ou comportamentos maliciosos) e externas (como hackers ou eventos climáticos extremos);
- – avaliar vulnerabilidades em sistemas, processos e controles de segurança que possam ser explorados pelas ameaças identificadas;
- – determinar a probabilidade de ocorrência com base no histórico de incidentes, nas medidas de segurança existentes e estatísticas sobre ameaças e tendências de segurança;
- – considerar possíveis danos financeiros, físicos e de reputação que podem resultar de uma ameaça.
3. Escolha as ferramentas de teste adequadas
Existem várias ferramentas disponíveis no mercado para testes automatizados de segurança. Antes de começar a avaliar essas opções, considere fatores como:
- – tipo de aplicação;
- – plataformas suportadas;
- – complexidade do projeto;
- – orçamento disponível;
- – recursos técnicos da equipe.
A QRIAR utiliza a solução Veracode, que é muito abrangente e oferece várias funcionalidades poderosas, incluindo:
- – Static Application Security Testing (SAST) para verificar o código-fonte em busca de falhas conhecidas, como injeção de SQL, XSS e uso inadequado de funções criptográficas;
- – Dynamic Application Security Testing (DAST) para simular ataques reais e identificar vulnerabilidades em tempo de execução;
- – Software Composition Analysis (SCA) para verificar bibliotecas de terceiros em busca de vulnerabilidades conhecidas.
4. Crie casos de teste relevantes
Os casos de teste servem para verificar se a aplicação se comporta conforme o esperado em diferentes cenários. Para elaborá-los, você deve:
- – compreender os requisitos funcionais e não funcionais da aplicação, bem como seus principais fluxos de funcionamento;
- – listar os diferentes cenários de teste que devem ser abordados, como entradas válidas e inválidas, limites de dados e condições de erro;
- – definir passos claros, sequenciais e detalhados para que os testes sejam executados sem ambiguidade.
Priorize os casos de teste com base na sua criticidade e na frequência de uso e certifique-se de documentar todos eles em um formato adequado.
5. Integre os testes ao ciclo de desenvolvimento
Os testes automatizados de segurança devem ser integrados ao ciclo de desenvolvimento de software para que seja possível detectar vulnerabilidades de forma precoce e corrigi-las imediatamente.
Para isso, aplique a metodologia DevSecOps, que promove a colaboração entre as equipes de desenvolvimento, operações e segurança.
Além de reduzir riscos de segurança, esses testes ajudam a economizar tempo e recursos. E quando bem executados, contribuem para melhorar a reputação da empresa e a aumentar a confiança dos clientes em suas soluções.
Implemente testes automatizados de segurança com a QRIAR
A QRIAR é uma empresa brasileira de segurança da informação focada em conectar pessoas, dispositivos, informações e dados de forma prática e segura. Nossos parceiros contam com soluções personalizadas para viabilizar a inovação, maximizar a eficiência operacional e oferecer uma melhor experiência de uso.
Não por acaso, somos reconhecidos por marcas globais como IBM, Micro Focus, Broadcom, Ping Identity e CyberArk, que atestam nossa capacidade de entregar projetos robustos em diversos segmentos do mercado.
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