A tradição do Banco Digital no Brasil tem início em 2016, quando o Banco Central autorizou a abertura e o encerramento de contas de forma totalmente digital através da resolução 4.480/16.
A partir de 2018, a resolução 4.656/18 permitiu que fintechs concedessem crédito sem ter um banco como mediador.
Mas isso gerou também algumas desconfianças: será que é seguro confiar em um banco desse tipo? Saiba quais são os critérios que você deve implementar para dar a segurança necessária ao seu usuário.
O que observar na segurança de um Banco Digital?
O artigo 3º da resolução 4658 define algumas condições mínimas para instituições desse tipo ofereçam segurança aos seus usuários. São algumas delas:
- capacitação periódica de equipe;
- adoção de medidas preventivas para minimizar a vulnerabilidade e oferecer segurança digital necessária a todos os clientes;
- gestão de dados para rastreabilidade;
- soluções rápidas em caso de falha de segurança;
- análise e implementação de novos mecanismos de defesa recorrente;
- definição de um processo sólido para controles de segurança;
- classificação de dados e informações a partir da relevância.
Além das regulamentação da resolução, o Banco Central indica as seguintes ações para potencializar a segurança desse tipo de instituição financeira:
- autenticação multifator: os fatores de autenticação são definidos com o objetivo de provar que um usuário é quem diz ser e o mais utilizado é o sistema de “login e senha”. Quando pensamos em autenticação com mais de um fator, esse termo se refere a um mecanismo que faz uma verificação de identidade com um segundo código, que pode ser uma mensagem no celular, uma ligação ou até mesmo verificação biométrica, por exemplo. Dessa forma, o risco de acesso de usuários legítimos é reduzido;
- uso de criptografia: esse mecanismo mistura e ofusca uma determinada informação, para que só o titular consiga ter acesso ao item, tornando o tráfego de dados mais seguros;
- Risk Based Authentication (RBA): Essa solução utiliza inteligência artificial para validar acessos. Com isso, é possível verificar em tempo real o que há por trás do login e se existe o risco de ser um invasor.
Além de entender quais são os requisitos previstos em lei para que uma instituição financeira digital ofereça segurança aos seus usuários, é importante compreender quais são os métodos disponíveis no mercado.
Por isso, urge a adequação da sua empresa para estar em conformidade. Para te ajudar a compreender melhor qual é o primeiro passo, leia também como proteger o banco de dados de clientes da sua empresa.