A Lei Geral de Proteção de Dados entrou em vigor no Brasil com o objetivo de garantir mais privacidade aos cidadãos, dando certeza de que o tratamento das suas informações está sendo feito de forma correta. Mas, dentro dessa lei, os considerados dados sensíveis recebem uma atenção especial, merecendo ainda mais cuidado por parte dos controladores e operadores.
Neste artigo, veja o que são essas informações e como protegê-las.
O que são dados pessoais?
Os dados pessoais são aquelas informações (ou conjunto de informações) que tornam possível identificar o seu titular. São exemplos o nome, o CPF, o e-mail e o telefone.
O que são dados sensíveis?
Os dados sensíveis também são pessoais, pois permitem identificar o indivíduo, mas são um pouco mais invasivos, uma vez que deixam o titular mais exposto.
Segundo a LGPD, entram nesse grupo informações referentes à:
origem racial ou étnica;
convicção religiosa;
opinião política;
filiação a sindicato ou a organizações religiosas, políticas e filosóficas;
saúde ou à vida sexual;
genética ou biométrica.
Eles recebem essa atenção especial da lei porque podem ser usados de maneira discriminatória. Por este motivo, a legislação limita as suas possibilidades de coleta e tratamento.
Quando é possível tratar dados considerados sensíveis?
A principal base legal para fazer o tratamento de dados classificados como sensíveis é o consentimento do titular para uma finalidade específica. Sem essa permissão declarada do indivíduo, só é possível quando eles forem indispensáveis para:
execução de políticas pela Administração Pública;
prevenção à fraude e segurança do titular;
cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador;
realização de estudos por órgão de pesquisa;
exercício regular de direitos;
proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de terceiro;
tutela da saúde.
Justamente por exigir mais cuidados no tratamento, empresas que fazem a coleta de dados sensíveis precisam adotar medidas de segurança mais rigorosas.
Como garantir a segurança de dados pessoais sensíveis?
Para garantir a segurança de dados de todos os tipos, é importante implementar a LGPD na sua organização, fazendo o mapeamento de riscos e o Relatório de Impacto, por exemplo. Mas, além disso, é interessante adotar medidas e ferramentas de reforço à Segurança da Informação, como:
aumentar o controle de acessos e identidades que podem manipular esses dados;
fazer o Gerenciamento de Acessos Privilegiados (PAM);
providenciar a anonimização de dados sempre que possível;
entre outras alternativas.
No processo de adaptação à lei, você vai conseguir mapear as necessidades do seu negócio em relação aos dados que coleta e para que.
Entenda como se adequar à LGPD neste artigo.